A essa estrutura dramatúrgica, juntou-se uma série de referências estéticas, algumas das quais se presentificam na cena por meio da cenografia e das partituras de ações dos atores, e de projeções fílmicas. São elas: as versões teatrais de “O jardim das cerejeiras” realizadas por Peter Brook (de 1981) e Giorgio Strehler (de 1974), as indicações cênicas sugeridas por Vsevolod Meyerhold em ensaio teórico sobre a peça e em cartas escritas a Tchekhov, as imagens de festas do pintor flamenco Antoine Watteau, e o documentário “Opening in Moscow”, do norte-americano D.A. Pennebaker, que retrata a primeira feira cultural realizada pelos Estados Unidos em Moscou, no ano de 1959, em plena Guerra Fria.